segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sobre manifestações e o desabafo desse jovem padawan

"Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que prescrevem opressão.
Para desviarem os pobres do seu direito, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo; para despojarem as viúvas e roubarem os órfãos! "

Isaías 10:1-2

Por muito tempo, a "igreja cristã" (brasileira, até onde eu sei) injetou nas veias soberbas da sua massa passiva a sensação de que esse povo seria privilegiado nesse mundo, pela decisão tomada de seguir a Deus. Essa sensação de superioridade sobre os outros, somada com frases de efeito como "você é mais do que vencedor" iludiu-os que os conflitos que a nação vive não os afetam diretamente, afinal, eles seriam apenas "peregrinos", e sua morada eterna seria a "Nova Jerusalém" Isso tudo ajudou-os a serem os piores tipos de cidadãos que essa nação já viu. Pessoas que (pasmem) já me disseram que não iriam economizar água, pois afinal, "Jesus um dia viria e iria acabar com isso tudo mesmo". Esses sofismas cativaram tanto a mente do cristão-brasileiro que eles são capazes de ficar do lado de um corrupto "ungido do senhor" mesmo que esse viva pregando injustiças.
Pois bem, um belo dia raiou o sol da justiça nesse país glorioso chamado Brasil. E como Deus [..]
 faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos [...]¹ , temos a oportunidade de consertar muito da nossa omissão desde os primórdios do cristianismo do Brasil (como também foi omisso durante a ditadura). Não está mais na hora do cristão ir pra rua, está na hora do cristão saber que o lugar dele é na rua, junto dos pobres, prostitutas e qualquer tipo de oprimido e marginalizado. Está na hora do cristão saber que templos com ar condicionados não o representam, se eles não conseguem abastecer a carência de comida daqueles que o cercam, SEJAM CONVERTIDOS OU NÃO. Está na hora da igreja perceber que existe mérito do verdadeiro Cristão na perseguição, quando seus valores são confrontados com um sistema injusto, mas a sua moral e seu senso de justiça não são abalados. Está na hora da igreja saber que o pragmatismo religioso tem um potencial genuíno de levar qualquer um a perder o foco que é o amor em Cristo Jesus, e que a única regra de fé é a palavra de Deus. Está na hora do Cristão perceber que ele vive em sociedade, porquê Deus quis que ele vivesse assim, e que ele precisa se unir a todo aquele que clama por justiça, sendo cristão ou não, e que vale muito mais uma marcha pra que justiça seja feita, do que uma marcha pra Jesus, onde o único objetivo é "criar espaço entre os irmãos pra rede globo ver que deu gente" (Deus me livre do dia que vou precisar da visibilidade de alguém pra sustentar minha fé.) 
Dessa forma, digo que o cristianismo só é vivido de maneira eficiente fora de templos, onde o sal consegue salgar, e a luz consegue brilhar. Só é possível ajudar o próximo tendo contado com o próximo. Oração tem seu valor alicerçal em uma caminhada Cristã, mas somente a prática da justiça, que é algo divino, pode transformar um país corrupto em um país íntegro.
O cristão deve marchar de joelhos, porém ainda deve marchar!***
¹ Mt 5:45
***

Por Daniel Scatena, Cansado de tanta mesmice "Góspil", no Semi Vida.

terça-feira, 28 de maio de 2013

O corpo sem dono

O problema é que este movimento está criando uma divisão na sociedade entre os que são contra e a favor de certas práticas; gostam, ou não de certas coisas; vestem certas roupas, ou outras; comem e bebem estas coisas, ou aquelas outras; cantam assim, ou assado; vão a certos lugares, ou alhures. 

E a despeito do valor e das escolhas do que se pratique, goste, vista, coma, beba, cante ou se vá... Nada destas coisas são Cristo. 

E, assim sendo, o que deveria ser o corpo de Cristo, instrumento da Sua vontade, da Sua justiça, das Suas prioridades, etc. é outra coisa, muitas vezes,  envergonhando a Cristo.

O que devia ser luz para todos, são trevas.
O que devia ser sal, a dar sabor e sentido, se perde na forma e nunca chega aos fins.
E quem deveria ter fome e sede de justiça, come e bebe para sua própria jactância e deixa o oprimido à mingua.
E o que deveria servir, quer ser servido. 
E o que deveria apascentar, escalpela.
E quem deveria ser o socorro dos pequeninos é o primeiro a lhes humilhar.

Nos perdemos em nossas próprias divisões e travamos a nossa própria luta em nome de Quem não somos mais.

Queremos mostrar que somos muitos, marchar diante dos outros, mostrar o nosso poder e nem percebemos que desfilamos, tão somente, a nossa grotesca irrelevância.

Se o povo não nos recebe com palmas, nem nos perguntamos o porquê. Tratamos logo de conseguir que a Vênus Platinada se dê em elogios a nossa orgulhosa parada.
Perdemos a nossa identidade, que não é e nunca foi a NOSSA, morta na Cruz de Cristo para ser um corpo sem dono, que não é nem mais nosso e nem Dele. Não somos mais nada.

Fomos chamados a ser bem-aventurados (Mateus 5). 

E quem pensa fazer parte do corpo, que confira ali (Mateus 5), no bem-dito do Mestre, se vive no Corpo ou apodrece em si mesmo.




Danilo Fernandes, 26 de maio de 2013

terça-feira, 14 de maio de 2013

E se a vida cristã fosse uma empresa?


Fico pensando que assim como uma empresa o cristão devia definir em sua cabeça um conceito de missão, visão e valores. Segue um esboço

Missão: Buscar a DEUS com integridade, visando aperfeiçoamento diário, procurando uma conduta que visa melhoria em todos os sentidos, na própria vida e de todos que estão a minha volta.

Visão: Buscar ser um cristão irrepreensível, sendo exemplo de coisas boas assim como Cristo, prospectando que os outros queiram ouvir e seguir, visando sempre à edificação pessoal e do reino.

Valores:

DEUS faz a diferença: É reconhecer que DEUS faz a diferença no dia a dia para atingir objetivos e saber que todo plano dever ser gerenciado por Ele e salientar que tudo é para a honra dEle.

Simplicidade: Reconhecer que a objetividade e simplicidade nos atos é que fazem uma vida cristã vitoriosa.
Seriedade: Atuar com integridade, amor e afinco na vida com DEUS.
Evolução como propósito: Priorizar a evolução continua e entender que nunca chegaremos a perfeição.
Obsessão por resultados: É importante viver como apaixonado por DEUS, pois aquele que está apaixonado busca incessantemente a conquista do que foi planejado.

Por Ruan Carlos Rodrigues

quarta-feira, 8 de maio de 2013

BOAS VINDAS AO BLOG - DEVOCIONAL SOBRE O PROBLEMA DO MAL

Boa Noite Galera!

Meu nome é Ruan, e a partir de hoje vou começar a participar nas postagens do blog, é um prazer poder contribuir neste blog, e se possível claro que de um modo muito positivo. Segue abaixo meus perfis nas redes sociais para algum contato e um breve pensamento para começarmos os trabalhos.

https://www.facebook.com/ruanzeta
https://www.facebook.com/bereianos

Há algum tempo atrás, bem no meu inicio de conversão fui questionar um amigo não “crente” acerca do motivo de ele não acreditar no DEUS cristão. Segundo ele, não era razoável acreditar em um DEUS que permitia que as pessoas passassem por tanto sofrimento e tragédia. Claro que naquele momento não soube explicar claramente, mas chegando em casa comecei a orar e a questionar a DEUS acerca deste assunto. Quando comecei a pensar nisso fui arremetido de volta ao Éden e na decisão do homem de comer o fruto do bem e do mal, logo comecei a pensar que desde o inicio foi idéia do homem de começar a tomar suas próprias escolhas e verberar quanto às escolhas de DEUS sobre nossas vidas. É importante que pensemos que a partir do momento que deixamos DEUS de lado e começamos a escolher tudo no transcurso de nossas vidas, obviamente estamos sobre as conseqüências desses atos, e logo a definição ficou clara em minha mente, assim como não há possibilidade de não existir um triangulo redondo, também não há possibilidade de escolhermos as coisas e não querermos as conseqüências disto. DEUS escolheu que vivêssemos de maneira SANTA e IMACULADA, e a conseqüência desta vida SANTA seria uma vida plena no ÉDEN, sem sofrimentos e acesso direto a DEUS, mas a escolha do LIVRE-ARBITRIO e da vida em pecado que é um dos motivos e sofrimento (e único motivo da morte), não foi uma escolha de DEUS para nossas vidas, mas sim de nós mesmos, portanto temos que aceitar o mal é conseqüência de tudo que plantamos. Portanto amados irmãos, eu prefiro o julgo da servidão a CRISTO que é leve e que terá eterno peso de glória, a viver uma vida de “liberdade”. "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" Mateus 11:28-30


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Os 5 solas da Reforma



SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade
Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.
Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.
A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.
A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.
Tese 1: Sola Scriptura
Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação. 

SOLO CHRISTUS
: A Erosão da Fé Centrada em Cristo 

À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.
Tese 2: Solus Christus
Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada. 
SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho 
A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico � desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.
Tese 3: Sola Gratia
Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada. 

SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial 

A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.
Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.
Tese 4: Sola Fide
Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima. 
SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus 
Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.
Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.
Tese 5: Soli Deo Gloria
Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.

Fonte: Declaração de Cambridge

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pescando a graça em um mundo vão.

Que eu sou chato todo mundo sabe . Minha namorada vive repetindo um "eu te amo, seu chato", e meus amigos vivem me cutucando pelas minhas teorias sem fim. Sou um ser livre e pensante, que samba nesse mundão de Deus pra tentar entender como eu posso ser uma pessoa melhor através do que eu sinto, escuto, penso...
Não me contento com comidas mastigadas....gosto de tirar a prova aquilo que vivo. Também gosto de ser partidário de uma opinião contrária em  uma discussão...só pra tirar o máximo de proveito. As vezes a vida me da o privilégio de uma partida de xadrez...
Mas tudo isso tem um objetivo: nesse mundão que Deus fez, ele derramou sua graça sobre tudo. E faço tudo pra poder experimentar a graça de Deus aonde quer que eu for, onde quer que eu enxergue, e mesmo quando eu não enxergar, vou conseguir sentir a sua graça.

Deus colocou graça nas minhas opiniões e contradições
Deus colocou graça no sorriso das pessoas com quem convivo
Deus colocou graça nas músicas que compreendo, e nas que não compreendo
Deus colocou graça em um choro de perda
Deus colocou graça no nascimento de um filho, seja ele da forma que vier
Deus colocou graça nas crises que passamos
Deus colocou graça nas nos obstáculos que vemos
Deus colocou graça na dança, mesmo que você pareça um urubu empenado dançando, ainda sim existe graça.
Deus colocou graça em tudo que você puder pensar.

Seu eu pudesse te dar um conselho, esse seria: procure a manifestação da graça em tudo que fizer ou olhar. Essa é a melhor forma de ser grato e cumprir a vontade de Deus na sua vida.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Você acha que é ungido?




O vocábulo "cristão" é derivado de "Cristo". Embora pareça um superlativo (cristão = grande Cristo), na verdade é um diminutivo (algo como "cristinho", ou "pequeno Cristo"). Portanto, se quisermos saber o que significa ser "cristão", temos que descobrir o significado do nome "Cristo".

O vocábulo "Cristo" significa "Ungido", isto é, "alguém que foi capacitado para fazer coisas extraordinárias". Jesus é único em Sua categoria. Ele não é "um" ungido, e sim "O" Ungido. Por isso, Paulo, o apóstolo, O chamava de "Cristo Jesus".

Mesmo sendo Deus encarnado, Jesus Se esvaziou de tal maneira, que tornou-Se um ser humano comum, e para cumprir Sua missão, teve que ser ungido pelo Espírito Santo. Logo após Seu batismo, em Sua primeira oportunidade de falar em público na sinagoga que freqüentava, Jesus leu uma profecia contida no Livro de Isaías, que diz:

"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres. Enviou-me para apregoar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos, e anunciar o ano aceitável do Senhor" (Lc.4:18-19).

A mesma unção derramada pelo Espírito em Jesus, também capacita Seus seguidores a darem continuidade à Sua missão.

A unção nada mais é do que o agir do Espírito Santo através dos seguidores de Jesus. Ele escolheu homens comuns para realizar feitos extraordinários. Antes de partir, Ele orientou a Seus discípulos a que não se ausentassem de Jerusalém, mas aguardassem a vinda do Espírito Santo que os capacitaria com extraordinário poder (At.4-8). Só depois de receberem o "poder do alto", eles estariam autorizados a deixarem Jerusalém, e levar a mensagem de Jesus aos confins da Terra.

Com a chegada do Espírito da Promessa, a revolução estava deflagrada. Até as autoridades se admiravam ao ver homens galileus, indoutos, de origem humilde, fazendo verdadeiras proezas (At.4:13). Sua identificação com Cristo era tão patente, que eles acabaram sendo chamados de "cristãos". A unção que sobre eles permanecia, os capacitava a viver como se Jesus vivesse através deles. E não era apenas pelos milagres que operavam, mas pela maneira como viviam, como repartiam suas posses, como se perdoavam mutuamente, e como amavam, até mesmo a seus inimigos.

Como podemos perceber, "unção" não tem nada a ver com o sensacionalismo encontrado hoje em alguns círculos cristãos. Não se trata de sentir arrepios, emoções, ou mesmo, falar em línguas. Não tem a ver com a temperatura de um culto. Ser ungido é ser capacitado para fazer o que só Jesus seria capaz. E não me refiro apenas às coisas sobrenaturais, como curas e exorcismos, mas sobretudo às coisas sobrehumanas, como perdoar os inimigos, por exemplo.

E a unção não pode ser transferida. Somos o Corpo de Cristo, e recebemos a unção que sobre Ele, o Cabeça, desceu. A unção equivaleria ao sangue no Corpo Místico de Cristo. Quem faria transfusão de sangue do braço esquerdo para o direito?

Todos os cristãos genuínos são ungidos, ainda que não estejam cientes disso. Não há graus de unção. Qualquer região de um corpo que sofrer um pequeno corte vai sangrar. Seja a ponta da orelha, ou o dedão do pé. Assim se dá com a unção.

Desde o pastor até o mais humildade membro da congregação, todos são ungidos para cumprir sua missão de ser luz no mundo.

Assim como um membro do corpo apodreceria caso o sangue nele não circulasse, um membro de Corpo Místico de Cristo se corromperia caso a unção do Espírito nele não operasse.

Embora o mesmo sangue que corre nos dedos das mãos, seja o mesmo que corre nos dedos dos pés, não se pode exigir que os dedos dos pés tenham a mesma habilidade dos dedos das mãos. Cada um tem sua própria vocação.

Assim se dá no Corpo de Cristo. Uns são chamados para pregar, outros para dedicar-se à intercessão, mas todos são igualmente ungidos por Deus para que através de sua própria vida, seja dado testemunho da presença de Deus no mundo.


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